A espera à espera é áspera — é desgastada. Todo caminho é fricção. É ficção. Vivemos tempos de negação de vida e de morte. E o debate entre Natureza e Cultura ganha novos eixos perante a exigência da mistura entre áreas do conhecimento e a concomitante insistência de segregação. As fronteiras, a partir do SARS-CoV-2, se mostraram diluídas por conta da rapidez do esparramar do vírus, mas, sob outros aspectos, fortalecidas sob o véu de medidas de contenção de proteção e evidenciam a incapacidade de colaboração comunitária.

Diante disso, em tempos de segmentação, de separação, de fronteiras impostas e ficcionadas, nós da Representação Discente KAMIQUASE (PPGLit/UFSC), convidamos a comunidade científica para participar do IX Seminário de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Literatura, intitulado Natureza e literatura: Fundamentos da jardinagem errante a ocorrer de forma virtual a partir de novembro deste segundo ano pandêmico do século vinte e um e friccionar o ponto de atrito e de convergência entre as chamadas ciências duras e as humanidades, ciências naturais, que por sua vez, são invenções da cultura.